domingo, 11 de setembro de 2011

Na noite de Novembro




O vento soprou forte pela janela.
Uivava em desespero, parecia compartilhar daquela dor.
As lágrimas rolavam depressa como que para arrancar a angústia do peito.

Caia a noite, sem estrelas, apenas com a lua amarela.
Quis sair, fugir, correr pelo mundo, mas avançou com pesar pela varanda.
O ambiente era úmido, e estranhamente gélido, e como que num abraço a rodeava.

Sentou-se no chão, ou melhor posto, desabou o seu corpo na grama.
Que molhada espetava a sua pele, e desejou estar do outro lado da terra em que deitava.
Há algumas horas perdera a única pessoa que de fato lhe importava e sua dor era uma faca no peito.
Um assassino ao volante, imprudente e impiedoso, fez do álcool sua arma,e sem mais exilará da vida sua mãe