quinta-feira, 28 de julho de 2011

A Andarilha




Não pertencia a lugar nenhum, mas conhecia todos, ou quase isso. Era turista profissional, e como boa dona de si mesma sabia que seu lugar era onde seu coração estivesse.
Da Austrália ao Peru, seu passaporte tinha mais carimbos do que o de uma comissária de bordo. Ela realmente vivia a história das cidades. Não visitava os pontos turísticos, apenas alguns a titulo de curiosidade, andava mesmo era pelas ruas e vielas.
Conhecia os cantos e os recantos, pois vivia os lugares, a sua essência, e cultura na forma mais íntima. Para ela viagens que durassem menos de um mês de nada serviam. E pessoas que assim se "aventuraram" , viajantes pela metade, não conheciam o bichinho da curiosidade.
De cada lugar tirou um pouco, e se deu em troca. Quando passou pela África entendeu o significado da palavra fome. Indo além, quando passou pela Índia compreendeu que religião é estado de espírito.
No seu itinerário mais recente, passou pelos Arcos do Triunfo e descobriu o romance.Na Itália viveu  as picuinhas e o carinho que existe nas famílias de verdade.
Ela não tinha raízes, pertencia ao mundo e era genuinamente feliz com a adrenalina do desconhecido. Expandiu sua bagagem ao máximo, escreveu sua vida e morreu como Patrimônio da Humanidade.

sábado, 16 de julho de 2011

It is

São necessários 73 músculos para um sorriso verdadeiro e todos se movem ao te olhar pela manhã
São as palavras ditas ao pé do ouvido que eu gosto mais, especialmente quando elas seguem o som da sua respiração
São tantas frases, informações, carinhos, um mundo inteiro, um rio de emoções que trocamos em silêncio
São seus abraços quentes que me acalmam nas horas tortuosas, nos momentos de nervoso e nas noites frias
São mais de mil sabores deliciosos que se formam quando os nossos lábios se tocam suavemente
São os detalhes que fazem de mim e de você uma pessoa só.